quarta-feira, 25 de maio de 2011

Luvas



A Rainha Elizabeth promoveu um jantar de gala ontem no palácio de Buckingham, em Londres, para homenagear o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e sua esposa, Michelle.

Michelle, sempre muito bem vestida, usava um longo off white Tom Ford, um modelo elegante, simples e muito despretensioso, mas o que mais me chamou a atenção no look foram as luvas, achei de uma elegância indescritível, compôs perfeitamente o vestido e deu o ar de formalidade exigido para o jantar.



O post, no entanto, é uma opinião minha sobre o uso de luvas. Acho muito cafona quando se usa luva em eventos nos quais os convidados não estão vestidos a rigor, é o caso de noivas que se casam de luvas e os convidados estão de passeio completo. Também acho péssimo quando debutantes usam luvas e o restante da festa está trajando um esporte fino, alías, hoje em dia ninguém sabe ao certo onde começa e onde termina o esporte fino, tem quem use jeans, malha, floral.... e por aí vai, vocês sabem bem como é!

Outro caso que eu acho completamente equivocado é o uso de smoking para os formandos, uma vez que a festa inteira vai de passeio completo ou esporte fino, para mim fica sem nexo, e ainda mais cafona, em minha opinião, é o uso de gravata e faixa na cor do curso, acho que deveriam deixar isso apenas para a beca de formatura no dia da colação de grau, o que já é suficientemente brega, pelo menos eu me achei ridículo, no dia da minha colação.
O que vocês acham?

terça-feira, 24 de maio de 2011

Pedro Lourenço para Riachuelo = Decepção



Gente, sei que o blog estava uma pouco abandonado, mas esses últimos tempos estive bastante ocupado com alguns projetos, em breve vocês irão acompanhar tudo!


Hoje eu acordei com uma missão, ir até a loja da Riachuelo, no Iguatemi, para conferir a coleção do Pedro Lourenço, já estava acompanhando essa notícia há algum tempo e tinha me interessado por algumas peças. Chegando à loja adivinhem qual a minha surpresa? Justamente as peças que mais tinha gostado não haviam chegado. Perguntei para o homem que estava arrumando as araras se todas as peças já estavam ali, e ele respondeu que não, faltavam algumas camisas (as que eu gostei), perguntei por elas e ele respondeu que não tinham chegado e não sabiam quando chegaria.


Agora me respondam vocês que espécie de empresa é essa que anuncia no seu site oficial a data do lançamento da coleção, que faz um carnaval em cima da parceria com um designer famoso e não cumpre o que foi divulgado? Sinceramente esse país é uma vergonha, prazos e datas não são respeitados. Na Europa, qualquer parceria de magazines com grandes grifes é levada muito a sério, movimenta muito dinheiro, milhões de pessoas esperam meses, fazem filas, madrugam nas portas das lojas para poder comprar um produto supostamente diferenciado. Aqui os clientes são tratados com indiferença, desprezo, desrespeito.


O pior de tudo é que não são peças baratas!


Enfim, é isso, nota ZERO para a equipe da Riachuelo e me decepciona muito o Pedro Lourenço ter seu nome atrelado a uma palhaçada dessas.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

E o escolhido foi: Alexander McQueen



Finalmente chegou o dia do tão esperado casamento do Príncipe William e Kate Middleton. Foi só eu ou vocês também ficaram decepcionados com o vestido? 

Entendam, não é que eu tenha achado feio, longe disso, é belíssimo, mas levando em consideração que é um casamento real britânico, um marco histórico e uma cerimônia esperada há meses por milhões de pessoas do mundo inteiro, achei um pouco antiquado. 

Por mais que eu tenha adorado o fato de ter sido um McQueen (lembram que sugeri aqui um vestido dele?), minhas apostas eram as maiores possíveis para a escolha da marca, não acho que o vestido expressou a verdadeira identidade do falecido estilista.

É claro que Sarah Burton, atual estilista da grife, seguiu a risca as indicações e formalidades necessárias para o casamento, mas fugiu um pouco da real identidade da marca, ousada, vanguardista, inovadora. 

Os detalhes do vestido são singelos demais, qualquer simples mortal poderia se casar com um parecido, inclusive eu já vi várias noivas com algo semelhante, vocês também? Lembrou um pouco o vestido de Gracy Kelly ao se casar com o príncipe Rainer de Mónaco em abril de 1956, ou seja, nada de novidade, nada de revolucionário e nada que marcará uma época, como foi o de Lady Di.

Esperava ver algo realmente deslumbrante, inalcançável. Estão todos falando em simplicidade, em igualdade ou coisa do gênero, mas a verdade é só uma, por mais que você consiga se casar com um vestido parecido com o de Kate, não será princesa nem em sonho. A vestimenta de Willian, um uniforme militar, fazia justo ao seu posto, uma verdadeira indumentária de príncipe, algo que não vemos no dia-a-dia, realmente lúdico, um verdadeiro conto de fadas. Para mim faltou magia, faltou deslumbramento, faltou se entregar.

Outra coisa que não gostei, e agora isso independe de ser casamento real ou não, foi do cabelo solto, para mim, noiva tem que estar de cabelos presos, a menos que você se case na praia ou coisa parecida. Casamentos grandes e principalmente à noite merecem um penteado e isso não significa que seja um cabelo todo montado e com kilos de spray.


Abaixo a foto do vestido de Gracy Kelly em 1956. 


What's In Your Bag?




Eu costumo falar que o mundo está dividido em duas fases: antes e depois de Lady Gaga e junto com isso nada mais é novidade ou espanto nos dias de hoje né? Bom, mas o post é sobre bags, na verdade é uma reflexão que eu sempre faço ao ver em outros sites e blogs mundo a fora o que eles costumam chamar de “What's In Your Bag?”.

Gente, sinceramente qual o sentido de saber o que DIABOS têm dentro da bolsa de um monte de menina por aí? Antigamente era super deselegante e considerado falta de etiqueta vasculhar ou simplesmente abrir a bolsa de uma mulher, vejam vocês como as coisas estão realmente mudadas. Não sou conservador nem retrógrado, mas existem algumas regrinhas de bons costumes que não deveriam nunca ter saído de uso, concordam?

Não me interessa se você carrega na bolsa três aparelhos de celular, não sei quantas pílulas de remédio, óculos não sei de quem estilo TV de plasma ou o que quer que seja. As pessoas estão dando importância ao que não se deve. 

Não é nada difícil conseguir ter uma bolsa de marca e enche-la de produtinhos que todo mundo usa. Como sabiamente disse em seu blog dia desses o nosso conhecido Evandro Santo, o Christian Pior, “vergonha na cara e Pó da MAC cada um tem o seu”. E tenho dito!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Haute Couture

                                                                Christian Dior Haute Couture Spring 2011


Pegando carona no post passado sobre o Pierre Cardin e sua exposição em São Paulo eu resolvi falar um pouco sobre Alta Costura. 

Muitos não sabem ao certo do que se trata uma roupa de alta costura, do Frances Haute Couture, e por isso resolvi escrever esse post. A alta costura é na verdade um termo exclusivo determinado para estilistas e marcas que fazem parte da Chambre Syndicale de la Haute Couture (Câmara Sindical da Alta Costura), uma instituição francesa criada em 1868. Não é nada simples fazer parte dessa Câmara e para tal é preciso cumprir uma série exigências e regras, dentre elas a de possuir 35 modelos exclusivos (cópia não tem lugar na excelência dos que fazem alta costura) para dia e para noite, possuir o endereço de sua  maison entre as três avenidas mais importantes de Paris: Champs Elysées, Montaigne e Georges V, ter o mínimo de 20 funcionários especializados em apenas uma função e é claro ter suas criações confeccionadas em caráter artesanal e exclusivo.

Curiosidades a parte vale ressaltar que toda roupa de alta costura, e de costume toda roupa francesa, tem acabamentos perfeitos, sem avessos e linhas aparecendo e são forradas luxuosamente com seda. Então toda vez que vocês ouvirem alguém por aí falando que faz alta costura entenda que nem de longe isso é possível, o que podem fazer é roupa de luxo e com muita qualidade. Dentre as grifes que fazem parte da Câmara Sindical de Alta Costura atualmente podemos citar a Maison Christian Dior, Chanel, Elie Saab, Giorgio Armani Privé, Ginvenchy, Jean Paul Gaultier, Valentino dentre poucas outras.

Fora as coleções de alta costura essas marcas também apresentam suas coleções de prêt-à-porter (pronto para vestir), ou seja, as roupas que chegam nas lojas para o consumo “massificado”.

Abaixo um vídeo que mostra um pouco dos bastidores da alta costura da Chanel.


Pierre Cardin no Brasil




Gente desculpa a demora nas postagens....Bom, passada a semana do Dragão Fashion e passada também a semana santa vamos voltar com o blog, daquele jeitinho que vocês já conhecem.

O estilista Pierre Cardin está no Brasil para a divulgação da exposição que leva seu nome e que ficará em cartaz por um mês em São Paulo. Ontem a noite aconteceu na cidade da garoa um desfile seu .Na passarela, mais de 60 modelos e 100 entradas num show de aproximadamente 40 minutos com looks de várias épocas de sua carreira.

Cardin nasceu na Itália em 1922 e se naturalizou Frances. Ele começou a trabalhar com moda aos 14 anos e logo mais tarde criou sua própria casa, onde três depois começaria a trabalhar com alta costura. Sempre foi vanguardista e seu estilo próprio vem marcando décadas desde então. Estudou arquitetura e talvez por isso suas roupas tenham feito sucesso pelas características geométricas e construções corpóreas pouco femininas, vale ressaltar a criação do unissex, na maioria das vezes em caráter experimentais.

Pierre Cardin é o mais antigo estilista vivo de sua época. Ele foi o primeiro empregado de Christian Dior. Em entrevista recente, Cardin revela que nunca teve financiador e que desde que abriu sua marca manteve essa decisão. Construiu tudo só e tinha a liberdade que precisava por conta disso.

Para finalizar o post uma frase recente do estilista:

“A elegância vem de dentro, é um comportamento. Uma pessoa elegante se nota pelo gesto, não pela roupa. Não é só porque você usa roupas caras que você será elegante. Uma pessoa usando roupa comum pode ser elegante e uma pessoa muito rica pode não ser elegante, alguém da realeza pode não ter elegância e isso não é um problema”.


Acho que isso se encaixa perfeitamente em várias pessoas da terrinha, vocês não concordam? 



sábado, 16 de abril de 2011

Inconsciente Coletivo

Pra fugir um pouco daqueles comentários comuns de desfile, afinal, todo mundo faz isso, resolvi mostrar como o inconsciente coletivo esteve presente em algumas coleções do Dragão Fashion.

Vamos às comparações:


COURO




FORMAS


FRANJAS



PAETÊ


CORES